Rota flor encaminhada
A porta desconhecida
Singela, mal desenhada,
Encabulada, contida
Rota flor, desenganada
Como uma causa perdida
Jaz ainda bem guardada
Rota, embrulhada, esquecida
Toma esta flor, assim, rota
Dá-lhe solo, luz e água,
Tudo que for preciso
E faz sonhar o florista
Com muitas flores a dar-te
Colhidas no paraíso.
5 comentários:
Quando adolescente cheguei a ter pretensões poéticas, que passaram com o surgimento de outros interesses. Aí, muito de vez em quando, me vêm uns versos de lampejo e eu os escrevo. Esse poema, por exemplo, eu achei bem bonitinho. Oxalá chegasse ao destino. Bem bonitinho mesmo (e não é porque fui eu, não). :-)
Eu não ia vir. Mas bateu uma saudade, tão forte e tão de repente, que pedi minha conta, peguei o risco e vim, prá te ver na foto.
Encontrei este lindo texto, que é bonito sim, não “bonitinho...”. Não despreza, não, assume e deixa Oxalá de lado, pega você mesmo a rota com a rota na mão e vai entregar. Oxalá não é prá isso, é pras coisas que estão além da gente...
Que bonito. Obrigado.
O florista, por ora, está manco. E roto. Por isso não segue qualquer rota.
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