1º de maio de 2007.Enfim, era 1º de maio e eu estava ávido por congratular-me com
nuestros hermanos en las comemoraciones por el dia del trabajo. A intenção foi boa, mas faltou
planejamento. Saí no meio da manhã e fui até a
Plaza de
Mayo, passando antes pela
Plaza Congresso. Era por volta de 10 horas e ainda não havia qualquer sinal de manifestantes; a Casa Rosada, porém, já estava toda cercada. Entrei na
Catedral e visitei alguns altares. Templos católicos, com certa
freqüência,
trazem-me
lágrimas aos olhos, não sei por quê; ajoelhei-me no de Nossa Senhora da Paz e rezei o Pai Nosso três ou quatro vezes. Tornei à
tranqüilidade de outrora e resolvi voltar ao hotel.
Saí da igreja e tomei novamente a
Av. de Mayo, onde fica o
Café Tortoni, que está para Buenos Aires como a Confeitaria Colombo para o Rio de Janeiro. Pedi um
café doble (um
espresso duplo) e um
churro, que é servido sem recheio num prato com açúcar e canela. Findo o
churro, pedi um
brownie. Confesso, faltou pedir um
alfajor, guloseima típica argentina; fá-lo-
ia houvesse entendido a explicação do
mozo (
garçom): fica para um próxima vez. Havia muitos brasileiros, como em qualquer lugar turístico de Buenos Aires. Permaneci por um tempo longo enquanto observava as pessoas e aproveitei para escrever o diário de ante-ontem (este é o de ontem). Sendo o suficiente para apreciar tudo que me
aprouvesse tomei novamente o caminho do hotel.
Tomei um banho, vesti-me e saí para ir a Palermo, onde há o Zoo e vários parques. Logo que saí do
subte, na estação
Plaza Itália, fui surpreendido por um
toró que me fez esperar bem uma meia-hora num abrigo de
ônibus, por sinal,
igualzinho a estes daqui (de "Os
Designers - As Capitais": pois Buenos Aires é uma delas). Estiada a chuva, andei até o
Parque 3 de Febrero, com área para futebol, ciclismo, caminhada, etc: muito aprazível. Mas, com tanta chuva, havia pouca gente. Pedi ajuda a um casal para que me indicasse a
Av. Santa Fé. Quando disse ser brasileiro eles sorriram mui simpática e
acolhedoramente. O senhor, que tomou a frente na explicação, ensinou-me com muito cuidado. Para sair dali e chegar à
Av. Santa Fé, eu precisava virar para o lado "
derecho" (eu ri disso depois). Saí do parque, passei em frente a um centro islâmico e a um quartel do exército até chegar à
Av. Santa Fé, onde há vários bares e restaurantes populares. Parei num deles e tomei uma cerveja
pilsen chamada Imperial e comi duas empanadas de carne e prossegui rumo a
Palermo Viejo.
Palermo é um bairro residencial de classe-média, onde há uma zona
boêmia, com muitos bares e restaurantes. Não me recordo o nome da rua nem da praça, mas o fato notável sobre o lugar é o de ter sido muito
freqüentado por Jorge
Luíz Borges (acho que era Rua Jorge Luís Borges). Segui pela rua
até uma praça com uma concentração de bares, além duma loja de roupas e feira de artesanato. Circulei pela praça, passei pela feira, até parar na dita loja, onde fui atendido por uma vendedora mui simpática.
Disse-lhe que procurava uma lembrança para minha irmã quando ela me levou às camisetas de "
Pero-Vaca", um personagem infantil, metade cão, metade vaca. Ela mostrou várias, até chegar na que explicou ser "o dilema existencial de
Pero-Vaca", em que sai o
balãozinho de sua cabeça com uma interrogação à frente dum cão e outra à frente da vaca; foi quando eu tive uma crise de riso e a moça ficou meio sem saber o que fazer. Ela fez a mesma cara que vocês, que me conhecem, fazem quando eu realmente rio. Comprei e, ao nos despedirmos, ela me disse "espero que ela se divirta tanto quanto você".
Depois parei num
pub chamado
Sullivan´s onde tomei umas
cevejas que não conhecia. Fiquei lá enquanto passava uma partida do campeonato inglês. Havia uns
jovens ingleses muito eufóricos no
pub. Se não me falha a memória, era um jogo do
Manchester United. Saí do
Pub e voltei à
Calle Florida para encontrar
Ávril, o que não aconteceu, e eu fui-me embora para o hotel. Tomei um banho para sair e jantar mas, quando já estava pronto, fui acometido por um cansaço insuperável que me fez desistir.
Tirei a roupa e fui dormir.