sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Melô de Alex Alves

Vai, mizera! Vai, mizera!
(Tum - tsh) - Ele é liso

Vai, mizera! Vai, mizera!
(Tum - tsh) - Ele é solto

Vai, mizera! Vai, mizera!
Vai, mizera! Vai, mizera!
Vai, mizera! Vai, mizera!

(Tum - tsh) - Alex Alves

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

What this is not

Dear friends,

This is not a Christmas message. I am just taking this opportunity to ratify how important all of you are for me. Since this is not a happy new year message too, because I wish you happiness every day, even when I don´t remember you explicitly, this message has nothing to do with our callendar. However, I should confess that this moment is very special to me and maybe I was not able to focus on this message in another period of the year, so that I´m the only one among us who is supposed to consider that it´s Christmas and the new year is about to come. Then I just would like you forgave me for such a limit and accepted my sincere votes of happiness, peace in the heart, health and success from this moment until your last breath.


And thank you for the friendship you offer me, no matter how often neither how intense. It´s more than enough.

A Granada

Eu estava deitado num canto da sala quando vi uma granada entrar pela janela. Numa sala em forma de "L", eu estava justamente na porção horizontal, e a janela, no vértice. Via-me correndo para a sala-de-jantar e passando por sobre a granada; jogava-me atrás do sofá e ela explodia ao meu salto, lançando-me longe. Imaginei somente a explosão, sem pensar nos estilhaços que decerto muito me feririam. Pensei no barulho, na destruição à edificação, na grande possibilidade de não sair ileso, da queda no chão, da onda de choque.


Pensei em ficar imóvel e desejar que a granada não explodisse; a julgar o que faz a fé com a montanha, pareceu-me uma saída possível. A granada é um artefato poderoso contra um homem desprevenido, deitado num canto da sala.


Olhei mais uma vez na direção da janela, e antes que acontecesse, levantei-me e fechei-a.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sigamos Juntos

Não é tarefa fácil manter contacto contigo porque tens tanto a oferecer que a manutenção da correspondência requer conteúdo sólido de minha parte. Torna-se ainda mais difícil, uma vez que preciso escrever e, em certa medida, pensar em outra língua na qual não tenho proficiência, embora não esteja tão mal . Tentando encontrar uma solução de equilíbrio entre escrever-te o quanto mo faz querer e ir já deitar-me de tão sonolento, achei justo para ambos nós compartilharmos algumas ideias comuns ou convergentes.


Eu compreendo Deus como a energia primordial do Universo e, asseguro-te, está completamente fora de questão o convencimento a outrem de minha crença pela compreensão de que as questões de fé são da esfera da experiência de cada um, e qualquer discurso sobre a existência de Deus, Sua natureza ou o que quer que seja a Seu respeito (sem considerações de gênero, por enquanto) é vão. Jesus disse "Ninguém vem ao Pai senão por mim" e "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Isso introduz a seguinte história. Há alguns anos, minha mãe presenteara-me com um livro intitulado "O Livro de Ouro de Saint Germain", onde ele, Saint Germain, dito "Mestre Ascencionado", da mesma ordem que Jesus Cristo, Buda e outros espíritos de luz, trata sobre a "energia Eu Sou". As sentenças mais fortes proferidas por Jesus começam com "Eu Sou". Saint Germain sempre enfatiza que a "energia Eu Sou" é a força divina atuante em nós. Eu li esse livro e iniciei um processo de espiritualização, do qual um dos objetivos era saber: "para que vivo?"


Dize-me, sabes tu para que vives? tua missão nesta vida, desconsiderando que possa haver outra vida? De fato: esta resposta não resulta da busca intelectual, mas duma revelação. Essa busca, isto sim, é um passo, mas de natureza acessória. Penso que terás resposta sempre que perguntares ao Universo, e tudo o que precisas é seres atenciosa e formulares a questão corretamente.


Sem mais para o momento, certo de tua resposta, despeço-me. Sigamos juntos.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A Verdadeira História da Árvore de Natal

No tempo de Jesus não havia árvores de Natal como as de hoje, esses pinheiros de plástico à venda em lojas e bancas de mascates. Havia mascates, decerto, mas vendiam outros produtos de maior apelo. (Não devia nem haver pinheiros.)

Quando os Reis Magos chegaram à caverna onde estavam José e Maria, encontraram tudo desarrumado, pois Maria, parturiente, não tivera como preparar a caverna para a festa por acontecer. Assim, além dos presentes que trouxeram consigo, os Reis Magos trataram de decorar o ambiente.


Baltazar - parece - foi do lado de fora e pegou uma muda de cacto, onde colou chumaços de algodão para representar a neve; Gaspar e Belchior cuidaram dos outros enfeites. Baltazar encontrou ainda coisas que refletiam a luz do fogo, brilhavam, luziam, enfeitando ainda mais o cacto.


Enquanto Maria dava a luz ao menino Jesus, os Reis Magos assistiam e celebravam, com a caverna toda enfeitada, o que seria conhecido como primeiro Natal da História, tendo sido o cacto a primeira árvore de Natal de que se tem notícia.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Do Colégio Naval



Chegava ao Colégio Naval pela primeira vez para uma aula. Não sabia de que matéria, mas a sinalização nos corredores indicava facilmente a sala. Era fácil chegar a ela, até mesmo por não haver muitas opções de destino entre os caminhos de acesso livre.

Era uma aula de Eletricidade. O professor, um oficial de voz firme e grave e um ar de severidade incomum aos civis, proferia a aula sentado à sua mesa, com todos os alunos em postura erecta, inabalável. Falava sobre redes de distribuição de energia, transformadores e outras máquinas elétricas. Era um capitão-tenente, pardo e de traços angulosos. Ao fim da aula, foram todos embora.

Passado algum tempo, retornara ao Colégio, desta vez acompanhado por um amigo. Na entrada, estava sentado um tenente, como quem espera por alguém. Trocaram algumas palavras quando chegou um segundo, este à paisana. Falavam do professor e o segundo adentrou a conversa dizendo-o conhecido seu de outros períodos, "um homem realmente duro". O tenente que esperava assim permaneceu, os outros desceram as escadas em direção ao pátio. O segundo, então, perguntou aos rapazes donde o conheciam. Responderam que foram aprovados na primeira fase do concurso e, por isso, tiveram aulas; no entanto, era como se aquela ida ao Colégio Naval não decorresse da aprovação no concurso, fato de um passado recente e superado, mas fosse uma experiência de outra natureza. Talvez não fosse.

Desceram as escadas e chegaram ao pátio. De repente, estavam fardados. Entraram na mesma sala para aula com o mesmo professor, que parecia muito mais simpático, como se falasse a seus pares em vez de a subalternos. Entendeu, enfim, porque a severidade do primeiro contacto, guardou para si; fechou os olhos. Escureceu.