sábado, 25 de abril de 2009

Londres, 26 de fevereiro de 2009.

Acordamos às 3:00h da manhã em Nottinghan depois da noite quase não dormida. Devido ao concerto do Metallica chegamos ambos agitados ao hotel, e por mais que tentássemos, não mais do que dormitamos.

Não havia alguém na recepção para receber nossa conta, podíamos ter ido embora, mas tocamos a campainha para alguém nos atender. O cara veio e não cobrou as seis garrafas d'água mas somente o quarto.. Ele nos chamou um táxi e fomos embora para a estação de trem.

Roberto iniciou uma conversa com o taxista contando-lhe que éramos brasileiros e ele respondeu sorridente sobre sua vontade de "ir lá", acrescentando que era paquistanês. Prosseguindo, disse que ouvia-se falar muito do nosso vizinho de porta, Chávez, e falou sobre seus discursos na ONU. Roberto entendeu se tratar de Lula e os dois se divertiram muito, cada um com seu presidente. Ao chegar na estação, pagamos e nos despedimos. Ele prolongou um pouco mais a conversa e nos contou ser da Caxemira paquistanesa, pedindo-nos que mandássemos lembrança se encontrássemos algum conterrâneo seu no Brasil.

Chegando às 4:10h à estação, esperamos o trem até às 4:51h. Pela primeira vez estava frio. Chegado o trem, entramos e seguimos para a baldeação na estação seguinte, e aí sim, para Londres. O trem foi se enchendo nas estações seguintes e chamava atenção o silêncio das pessoas. Abri os olhos algumas vezes para ver a paisagem, em vão, ainda estava escuro. O dia amanhecia muito ao sul, no rumo do trem, por volta das seis da manhã.

Eram quase sete e estávamos em Londres. Enquanto todos iam para o trabalho nós íamos para o hotel, estávamos quebrados; acabamos dormindo até o meio-dia. Acordamos e, depois dos trâmites de mudança de quarto, saímos para almoçar num restaurante indiano que encontramos na Queensway. A comida estava excelente.

Tomamos o metrô para Southbanks indo para a "London Bridge e "Torre de Londres". Passamos pelo HMS Belfast, cruzador que lutou na Segunda Guerra Mundial, tendo participado da Batalha da Normandia; o navio estava fechado à visitação pública, então seguimos para a ponte.

Atravessamo-la, tiramos algumas fotos, fomos até a Torre. Rodeamos a fortaleza, vimos algumas coisas, passamos o tempo e já era hora de Roberto voltar ao hotel para fechar a conta, pegar suas coisas e seguir para o aeroporto. Eu precisava ir ao Barbican Centre para comprar o ingresso do concerto de Nelson Freire no dia 27 de fevereiro. Despedimo-nos e fomos cada um para seu lado.

No Barbican, resolvi assistir também o concerto daquela noite, com a London Simphony Orchestra e a violinista Midori, o que, aliás, foi muito acertado. - As pessoas são muito bonitas aqui - pensei quando vi Martina mais uma vez, uma recepcionista do Barbican. Em Londres é grande o risco de erro quando se diz "os ingleses" ou "os londrinos", é-se mais preciso dizendo-se simplesmente "as pessoas"; pois bem: as pessoas têm expressão de paz, por isso são bonitas. Comprei este Moleskine por 9 libras (isso mesmo!) e iniciei estas notas. Escrevi um pouco antes do concerto, mais um pouco no metrô no retorno a Queensway. Antes, um comentário sobre o concerto: foi magnífico, inesperadamente.

Saltei e quis comer alguma coisa. Há muitos restaurantes na rua, mas eu queria algo mais rápido. Andei até o fim e voltei e fiquei curioso pelo kebabe do Taza. Comi um com shawarma de cordeiro, na rua mesmo; comprei uma Coca-Cola 600ml (1.16 libras) e tomei mais da metade. Finalmente cheguei ao quarto e, além da higiene corporal, decidi-me por planejar o dia de amanhã, o que farei tão logo termine estas notas.

Por falar em planos, esta viagem estava fora, mas, decidindo-me por ela, senti-me livre para imaginá-la. É bem diferente e eu estou muito feliz (nada posso afirmar sobre o que sentiria se fosse como a imaginara). Eu estou feliz. Agora, o dia de amanhã. Vale.

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