domingo, 26 de abril de 2009

Londres, 27 de fevereiro de 2009 (I)

Acordei às 8:00h quando o despertador tocou, cochilei, levantei-me às 10, hora em que se encerra o café-da-manhã no hotel. Saí para ir novamente à National Gallery para ver novamente os quadros de van Gogh e a exposição de Picasso. Passei na Queensway para tomar café. Fui a um mercadinho e comprei dois somosas (pastéis) com um café americano, um espresso diluído. Eu pedi só um e ele entendeu dois: comi-os ambos dois. Aproveitei para voltar ao hotel e fazer uma higiene bucal. Tornei a sair para cumprir meu plano.

Fui da estação Queensway até Tottenhann Court, e de para Saint Cross: não precisava tudo isso, bastava ir até a Leicester Square, a duas quadras da Trafalgar Square, onde fica a National Gallery. Saí da estação e comecei a seguir as placas que indicavam o caminho do British Museum*, até o tempo de caminhada indicado nas placas começar a crescer novamente; eu achava que ia bem. Descobri a tempo que rumava para o lado errado, não oposto, mas perpendicular. Tornei a subir a rua até um cruzamento que identificasse no mapa; era o da New Oxford com a Charing Cross, que termina na Trafalgar Square. De volta ao rumo, segui.

Na mesma praça fica a igreja de St. Martin in the Fields, que mantém uma orquestra e apresenta vasta programação musical. Puxei conversa com a garota que distribuía panfletos para um concerto esta noite com Mozart e Händel no programa; ao receber o panfleto, disse-lhe que não poderia por ter um outro para ir; ela então me disse que poderia então assistir o recital daquele momento: foi até a entrada da igreja e voltou orientando-me a esperar o término da primeira peça e entrar para a segunda. Foi o que fiz. Tratava-se dum recital de piano duma série dedicada a jovens músicos do mundo. Começava a segunda peça, 3 Mazurkas, de Chopin, com o pianista Konstantine Lapshin, da Rússia. Aproveitei para atualizar estas notas ao som de Momentos Musicais 3, 4, 5 e 6, op. 16, de Rachimaninov. Eu estou sentado bem atrás da coluna e não posso ver as mãos do pianista; uma senhora e uma jovem a a meu lado foram para a escada para verem melhor - creio - e conseguiram, em Estudos, op. 8, n 12 em D#m, de Scriabin, a última peça do programa. São 13:50h, mais ou menos. Agora, National Gallery, Trafalgar Square.

  1. The Chair, 1888.
  2. Farms Near Auvers, 1890.
  3. Sunflowers, 1888.
  4. Long Grass with Buterfflies.
  5. A Wheatfield with Cypresses, 1889.
  6. Two Crabs.
São os quadros de van Gogh.

Pela segunda vez na National Gallery, vim direto a van Gogh, de cujas seis telas, cinco estão na mesma parede, perpendicular à que porta "Two Crabs". Nesta segunda visita tive a mesma reação da primeira, ainda considerando que há na sala obras de Cèzane, e de Manet, Monet e impressionistas, mais Degas na sala ao lado. Talvez eu precise voltar aqui para me emocionar assim.

Fui ver Jan van Eyck. Voltei para ver Girassóis mais uma vez. Vale. Depois de ver mais uma vez e não chorar (finalmente), acho que preciso comer.

Entrei num mercadinho de indianos na Crossing St. e pedi uma marmita (2.30 libras), com grão-de-bico e vagem, um arroz com açafrão e um cordeiro picante. Como todo mundo, comi sentado nas escadarias da Trafalgar Sq. em frente à National Gallery.


(*) Eu não sei se só escrevi errado ou se estava realmente indo para o British Museum, embora pensasse ir para a National Gallery. Está assim no manuscrito.

Um comentário:

Unknown disse...
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